PATRIMÓNIO CULTURAL E ARQUITETÓNICO

IGREJA PAROQUIAL

A Igreja Paroquial de São Pedro da Ribeirinha é uma igreja católica portuguesa localizada no centro da freguesia. Foi edificada no século XVI e reconstruída no século XVIII.

Trata-se de uma imponente edificação religiosa, dedicada a São Pedro. A primitiva imagem do santo padroeiro encontra-se no Museu da Igreja Paroquial da Ribeirinha, e trata-se de uma preciosa escultura em pedra de ançã que data do século XV.
Esta igreja é ladeada por duas altas torres sineiras e possui no seu frontespício um relógio trabalhado da autoria do sargento e artífice Alberto Ferreira, instalado por volta do ano de 1950.

No interior do edifício existe um interessante altar-mor em talha dourada e uma imagem do Santo Cristo dos Milagres que remonta à época de quinhentos. Esta igreja tem também dois altares em estilo neogótico e quatro de inspiração barroca. A iluminar o sacrário com o Santíssimo Sacramento, encontra-se uma lâmpada lavrada em prata, que Por detrás da igreja paroquial ficava um pequeno cemitério, que acabou por ser condenado por não ter as dimensões necessárias e por ficar sobranceiro a um grande número de residências.

ERMIDA DE SANTO AMARO

A Ermida de Santo Amaro está envolta em alguns mistérios pois desconhece-se quem foi o seu fundador bem como em que data foi fundada, sabe-se no entanto, que já existia no o ano de 1589.No ano de 1902, foi reconstruída e ampliada, data esta que se encontra registada na fachada da Ermida. Tem como principais imagens as de São João, Santo António e de Santo Amaro. É uma ermida de grande devoção na localidade onde está inserida, bem como em toda a ilha Terceira.

É costume nas festividades em honra dos seus oragos fazerem-se ofertas de alfenim e massa sovada, com representações figuras variadas. A festa principal é realizada no dia 15 de Janeiro de cada ano em homenagem a Santo Amaro.

Outra curiosidade em envolve esta ermida em mistério refere-se aos ditos e mitos populares que afirmam que a primeira imagem com que a ermida foi fundada foi encontrada no sitio da Ponta Ruiva, Santo Amaro, tendo esta sido levada para a igreja paroquial, a Igreja Paroquial São Pedro da Ribeirinha, no entanto, e segundo a lenda da ermida essa imagem todas as noites fugia pelo seu pé da igreja indo para o lugar onde tinha sido encontrada.

Ora as pessoas crentes entenderam isto como um sinal divino e assim edificaram a capela no local passando a assim a imagem a ficar em paz.

ERMIDA DO SENHOR BOM JESUS

A Ermida do Senhor Bom Jesus foi construída no inicio do século XX para a encomendação dos defuntos.

O seu nome é derivado da imagem do Cristo do Bom Jesus, existente na ermida da quinta de S. Mamede na Ladeira Grande, propriedade de José Teodora. Este ofereceu à paroquia o crucifixo com a imagem do Sr. Bom Jesus, ficando na posse da imagem de S. Mamede.

O Cristo referido encontra-se actualmente no Museu da Igreja Paroquial da Ribeirinha.

ERMIDA BEATO JOÃO BAPTISTA MACHADO

LADEIRA GRANDE

A Ermida Beato João Baptista Machado foi fundada pela vontade do povo da Ribeirinha e do padre António de Ornelas Simões, que foi o autor da sua planta.

A bênção da primeira pedra desta ermida aconteceu no dia 2 de Julho de 1967, na presença de várias autoridades civis, militares e eclesiásticas.

A cerimónia foi presidida pelo Patriarcado das Índias Orientais, D. José Vieira Alvernaz, foi aberta ao culto no dia 22 de Maio de 1970, e dedicada à consagração do Mártir Terceirense, Beato João Baptista Machado, pelo mesmo Patriarca das Índias.

CASA DAS TIAS VIOLANTES – FONTE DA RIBEIRINHA

A tecelagem é a primeira das indústrias populares terceirenses. Os principais panos fabricados na nossa Ilha eram a fiampua e a teia cheia, todavia o que lhes contamos são um total de tarefas comuns em casa de tear.

A casa das Violantes pela sua antiguidade, pelo seu carácter artístico, abundância de decorações, policromia e técnica, albergava mulheres em diferentes actividades: Umas cardam, outras fiam, outras fazem franjas e outras ainda fazem retalhos de restos de tecidos, que posteriormente vão dar colorido às mantas e aos tapetes, artisticamente elaborados por essas mãos de fadas.

MUSEU ETNOGRÁFICO DA RIBEIRINHA

A Sede do Grupo Folclórico e Etnográfico da Ribeirinha “Recordar e Conhecer” foi inaugurada no dia 18 de Maio de 2003. Funciona como um Museu de uma casa rural da Ribeirinha. Nele estão patentes mais de cinco mil peças, algumas das quais com quase dois séculos de existência.

Este Museu representa o retrato vivo da Ribeirinha, trazendo ao tempo actual hábitos, roupas, casas, mobílias e instrumentos de trabalho que faziam o conteúdo do quotidiano nos séculos XIX e XX.

Neste edifício estão 4 divisões de uma casa rural típicamente terceirense, onde são pormenorizados os traços mais marcantes ao nível de mobiliário e restante recheio utilizados na época dos nossos antepassados.

Os ofícios também não foram esquecidos. Há espaço para a atafona, eira, alfaias agrícolas e utensílios do tear.

MUSEU PAROQUIAL DA RIBEIRINHA

Está instalado na sacristia lateral sul da Igreja Paroquial São Pedro da Ribeirinha. Possui este templo, uma interessante colecção de imagens datando algumas do século XVII.

Esta parte da igreja foi edificada para substituir a antiga casa da Ordem Terceira Franciscana, que existiu defronte da primitiva igreja até princípios do século XX. O espólio desta Ordem foi transferido para o museu conjuntamente com várias outras imagens religiosas pertencentes à própria igreja paroquial e doações de particulares.

Aqui encontra-se a primeira imagem de São Pedro em pedra de ançã, as imagens de Santa Águeda e de Santa Apolónia, e uma imagem de Nossa Senhora das Graças cuja indumentária é bordada a fios de ouro, tendo sido adquirida em Paris. Também estão depositados neste museu os paramentos da igreja e jóias que foram oferecidas por particulares.

IMPÉRIOS

As festas em honra do Divino Espírito Santo teem início no Domingo de Pentecostes e prolongando-se até ao tempo chamado dos “Bodos”.

São celebradas com respeito e devoção por toda a freguesia, de natureza caritativa, destinam-se à entrega do bodo aos mais necessitados.

Nos dois Domingos dos Bodos, os Impérios da Rua da Igreja e da Serra da Ribeirinha são muito visitados pela população da Ilha Terceira pois distribuem pão de leite a quem os visita. A população aproveita para ver a vistosa rua com as janelas e varandas engalanadas com lindíssimas colchas regionais.

A Ribeirinha, com a presença de toda esta gente, fica ainda mais bonita. Na freguesia da Ribeirinha existem quatro Impérios do Divino Espírito Santo.

IMPÉRIO DA RUA DA IGREJA

Situava-se então no átrio da Igreja Paroquial São Pedro da Ribeirinha tendo sido transferido para o actual sítio na década de 1920. Ficou também conhecido por Império do “Meio da Rua”, por se situar ao Centro da artéria principal.

Edificado como devoção e homenagem ao Divino Espírito Santo, foi reconstruído em 1898, conforme Alvará datado de 16 de Maio daquele ano. Destaca-se por ter sido o único Império da Terceira onde existiu a figura dos “esmoleiros”, quatro mordomos vestidos igualmente, portando um bordão pintado de cores garridas e um saco de linho bordado à mão, para transportar o trigo quando do peditório para o Segundo Bodo (Domingo da Trindade) do Divino Espírito Santo.

IMPÉRIO DE SANTO AMARO

Edificado em 1880 como devoção e homenagem ao Divino Espirito Santo, foi reconstruído em1883, conforme alvará de5 de Novembro desse ano.

Constitui-se no império mais antigo da freguesia e situa-se no Largo de Santo Amaro, junto à Ermida de Santo Amaro.
Com traça típica, serve todo o povoado de Santo Amaro, possui uma “despensa” construída em 1913.

Tem uma comissão administrativa composta por três elementos, com mandato de três anos, possui um procurador e dois ajudantes para os dois Bodos. Em ambos os mordomos distribuem pão, vinho e dão sete jantares.

IMPÉRIO DA SERRA

Edificado em 1911 como devoção e homenagem ao Divino Espírito Santo, localiza-se no sítio do Terreiro do Paço pelo que é conhecido pelo império do Terreiro do Passo.

Destaca-se por possuir mais uma coroa, única na Terceira, denominada “Coroa da Alegria”.

Segundo uma lenda local, o nome desta coroa provém do contentamento do povo ao ver que as lavas, oriundas da erupção do vulcão do Algar do Carvão, se desviavam para o mar no sítio da Serretinha, freguesia da Feteira, onde o povo acorreu em prece com a referida coroa do Espírito Santo e o bastão.

Este império serve toda a Serra da Ribeirinha.

IMPÉRIO DA LADEIRA GRANDE

Edificado em 1880 como devoção e homenagem ao Divino Espírito Santo, foi reconstruído em 1924. Na ocasião, a sua primitiva estrutura, em madeira, foi substituída por alvenaria. Possui ao lado uma despensa que serve de arrecadação e serve todos os moradores do sítio da Ladeira Grande.

Embora administrativamente pertencentes à freguesia da Ribeirinha, estiveram por muitos anos ligados ao curato da freguesia da Feteira, no que se refere às festividades do Divino Espírito Santo.